sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Comunicado

As Associações de Estudantes do concelho de Lisboa que reuniram no passado dia 31 de Janeiro na Escola Secundaria Com 2º e 3º ciclos Gil Vicente, vêm por este meio informar que, após analisada a actual situação política das escolas e do ensino português, decidiram sair á rua no próximo dia 24 de Fevereiro reafirmando assim a luta dos estudantes do ensino secundário do concelho de Lisboa por uma Educação Pública, Gratuita, de Qualidade e democrática.

As medidas de cortes nos funcionários públicos já se nota nas escolas e tem tido graves prejuízos no seu funcionamento normal, como é exemplo da Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, que não pode ter todos os serviços da escola a funcionar ao mesmo tempo (ou seja, não há condições para ter a papelaria e o bar abertos ao mesmo tempo), cuja direcção chegou a fazer entrevistas para contratar mais funcionários e não são desbloqueadas verbas por parte do Governo para que isso aconteça.

Acreditamos que, com as medidas tomadas por parte do governo de cortes e restrições orçamentais para este ano 2011, muitas escolas se encontram e muitas outras que não se encontram vão passar a encontrar-se, na mesma situação e que também tem consequências nas condições materiais das escolas, como por exemplo a Gil Vicente que a biblioteca fecha devido ao facto de uma tampa de esgoto se encontrar dentro da biblioteca e que por vezes deita cheiros desagradáveis que impede o seu normal funcionamento, ou na ES Camões os estudantes encontram-se sem campo de futebol.

Têm surgido muitos problemas também, com as obras da Empresa Parque Escolar, em que as escolas intervencionadas já encontram problemas como infiltrações, ouvir-se a outra aula devido ao facto de as paredes serem feitas de contraplacado e ginásios onde chove lá dentro.

A agravar, estas escolas passaram a pagar uma renda mensal de em média 50 mil € a esta empresa, que também passa a ser detentora de 50% dos lucros dos alugueres de espaços. Acontece em alguns casos, os campos de futebol, que muitas vezes eram espaços de lazer e desporto para os estudantes nos seus tempos livres, passaram a estar vedados para serem alugados.

As escolas são dos estudantes e para os estudantes! Não podemos aceitar este caminho de destruição da escola pública e da sua degradação.

O investimento na educação é fundamental para o desenvolvimento do país. a garantia de boas condições materiais e humanas nas escolas, é o maior passo para a qualidade da educação.

Continuamos a levantar a nossa voz por:

  • Um estatuto do aluno mais justo para os alunos
  • Mais funcionários e professores
  • O melhoramento das condições matérias das escolas
  • Uma avaliação contínua e justa
  • A real implementação da educação sexual nas escolas
  • Pelo fim dos mega-agrupamentos

Apelamos a todos os estudantes que se organizem e que no dia 24 de Fevereiro também saíam à rua para lutar pelos seus direitos.

Subscrevem este Apelo as seguintes Associações:

Associação de Estudantes da Escola Secundária Rainha Dona Leonor

Associação de Estudantes da Escola Secundária Marquês de Pombal

Associação de Estudantes da Escola Secundaria Prof. Herculano de Carvalho

Associação de Estudantes da Escola Secundária Luísa Dona Luísa de Gusmão

Associação de Estudantes da Escola Secundária Filipa de Lencastre

Associação de Estudantes da Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho

Associação de Estudantes da Escola Secundária de Camões

Associação de Estudantes da Escola Secundária Gil Vicente

2 comentários:

Anónimo disse...

É suposto haverem manifestações descentralizadas, ou uma grande manifestação em Lisboa?

DNAEESB: disse...

As manifestações são descentralizadas .

Um abraço e a Luta Continua!!